Ensaio
sobre a cegueira, de José Saramago
Tudo
começa com a cegueira repentina de um homem ao estar parado no sinal vermelho.
A luz verde acende, o carro continua parado e o buzinaço atrás dele anuncia o
pandemônio que estar por vir. O homem apavorado, dentro do carro, começa a
gritar que está cego e ninguém entende o que está acontecendo. Sua cegueira é
branca, um mar de leite é como ele a descreve. Saramago apresenta o que a gente
vai percebendo aos poucos e confirma no final do livro: as reações do ser
humano às necessidades, à incapacidade, à impotência, ao desprezo e ao
abandono. A cegueira desse homem do semáforo se espalha e o governo identifica
uma epidemia. O mundo não distingue os animais, pois os racionais passam a se
guiarem mais pelo instinto. O mundo tende a extinção. Felizmente, tão de
repente como veio, a cegueira se vai, restando a contemplação.
Infelizmente, a realidade de muitos brasileiros é a de baixa
leitura e completo desgosto por ela. É necessário e urgente um estímulo à
leitura, um projeto consciente de uma realidade em transformação.
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